Explicação dos resultados

Os resultados que vocês receberam estão em linguagem médica. Nesse artigo, a intenção é explicar como vocês devem entendê-los, com a ajuda desse blog.

Antes de tudo, alguns de vocês vão encontrar as letras D, E ou B em alguns itens. D significa “direita”, ou seja, é uma alteração que ocorre do lado direito do corpo. E significa “esquerda” e B “bilateral” (tanto na direita quanto na esquerda).

Temos vários itens apresentados na avaliação. Se você quer saber qual sua alteração, clique no link correlacionado ao item de sua avaliação no qual se encontram alterações. Por exemplo, se você apresentou joelho valgo D no item alterações posturais, clique no link referente às alterações posturais (http://twixar.com/FNwaHPhCGP3) e procure por joelho valgo.

Os itens são os seguintes, com os links em seguida:
·        alterações posturais (http://twixar.com/FNwaHPhCGP3)
·        alterações anatômicas:
existe mais de um artigo com as alterações anatômicas, veja abaixo,
antepé ou retropé varo ou valgo (http://twixar.com/TaDBlcVL)
anteversão ou retroversão femoral (http://twixar.com/FWPQaqRXtG)
·        testes articulares (http://migre.me/54oRP)
·        testes de elasticidade (http://migre.me/54oQw)
·        testes de dor (http://migre.me/54oRe)
·        testes dinâmicos(http://migre.me/54oOJ)

Testes Dinâmicos

  • Avaliação em apoio unipodal: com esse teste observamos como está o equilíbrio, e “a que custas” ele está sendo mantido. Procuramos observar se existe alguma “compensação” de movimento em joelho, tornozelo, quadril, coluna. Por exemplo, pessoas que não realizam bem o teste, por não terem força ou equilíbrio, por exemplo, podem dobrar o joelho freqüêntemente, fazer uma pronação excessiva do tornozelo ou valgo do joelho. O resultado pode ser apresentado assim: “Apoio unipodal D – valgo de joelho, aumento da pronação tornozelo”.
  • Teste dos saltitos: nesse teste, com a pessoa em apoio unipodal, pedimos que ela realize pequenos saltos no lugar. Observamos os mesmos ítens do teste de apoio unipodal, como a pronação do tornozelo, o controle do joelho e da postura, a diferença é que agora a situação é mais dinâmica. A forma de apresentação é a mesma do apoio unipodal.
  • Afundo: com um pé  mais à frente e outro atrás, pedimos que a pessoa agache no lugar. Esse nada mais é que um dos exercícios mais comumente realizados em treinos de força. É um teste de equilíbrio também, e de controle da musculatura. A pessoa com pouco controle tende a fazer pronação de tornozelo, valgo de joelho, e perder o equilíbrio. O resultado pode ser apresentado da mesma maneira que no teste de equilíbrio.

Testes de Elasticidade

  • Elasticidade de músculos posteriores da coxa (ísquiotibiais):  realizado com o atleta de barriga para cima, uma das pernas é “levantada” com o joelho esticado pelo fisioterapeuta, enquanto a outra permanece esticada, junto ao chão. No momento em que a perna de baixo tende a dobrar, verifica-se o ângulo em que a perna de cima se localiza. Um teste normal ocorre quando é alcançado o ângulo aproximado de 80º.
  • Elasticidade do quadríceps (músculo da região da anterior da coxa):  com o atleta de barriga para baixo, o fisioterapeuta segura uma das coxas (joelho dobrado) e trás para cima até cerca de 20 graus e então dobra um pouco mais o joelho e verifica a tensão da musculatura e a presença ou não de movimentação da bacia.
  • Elasticidade de Íliopsoas: com o atleta de barriga para cima, o atleta abraça um dos joelhos enquanto a outra perna permanece esticada tente ao chão. Essa perna deve permanecer junto ao chão, caso contrário (caso o joelho tenda a dobrar ou a coxa a levantar) a causa é o músculo íliopsoas encurtado.
  • Elasticidade de tensor da fáscia lata e banda íliotibial (teste de Ober modificado): realizado com o atleta deitado de lado, com a perna de baixo dobrada e a perna de cima esticada, na linha do corpo. O fisioterapeuta segura a bacia e verifica o quanto a perna de cima desce em direção ao solo. Deve descer ao menos 10º, caso contrário, verifica-se o encurtamento.


Testes de Dor

  • Teste de compressão do íliopsoas: é um teste que visa identificar a tensão aumentada no músculo íliopsoas, um músculo que passa através da bacia, conectando a coxa (fêmur) à coluna. A dor à compressão indica tensão aumentada nesse músculo. O resultado pode ser dado assim “compressão íliopsoas positiva D”.
  • Teste de compressão do piriforme: o piriforme é um músculo que fica na região dos glúteos. O excesso de tensão pode interferir com o movimento da corrida, ou até vir a comprimir o nervo ciático (gerando dor ciática).      Caso sua compressão gere alguma dor, identifica-se que o músculo está com sua tensão aumentada. O resultado pode vir assim: “compressão piriforme positiva D”.
  • Teste de compressão da coluna lombar: nesse teste o fisioterapeuta comprime as vértebras lombares. Em caso de dor, há a possibilidade de “haver algo de errado” naquela região. Talvez uma hérnia de disco ou uma protrusão, uma falta de estabilidade da vértebra por não ter o suporte muscular adequado, ou outras. O resultado pode vir assim: “compressão lombar positiva nível L5” (L5 se refere à 5ª vértebra da coluna lombar).

Testes Articulares

  • Teste de Gillet: é o teste realizado em pé, no qual o paciente deve erguer um das pernas de cada vez, enquanto o fisioterapeuta verifica se ocorre movimento na região de trás da bacia. É usado para identificar se ocorre alguma restrição de movimento entre a bacia e o osso sacro (osso da base da coluna). Em caso positivo, descrevemos o resultado como “teste de de gillet: positivo à D, por exemplo.
  • Teste da Inclinação de Tronco Sentado: similar ao teste de Gillet, mas realizado com a pessoa sentada. Pedimos que o atleta se incline para a frente, enquanto através da palpação, verificamos o movimento da parte de trás da bacia. A informação obtida no caso de um teste positivo é a de que há diminuição dos movimentos entre a bacia e o sacro. O resultado pode ser dado assim: “teste de inclinação de tronco sentado positivo D”.